A endometriose é uma complexa condição que ocorre quando o revestimento interno do útero, conhecido como endométrio, se desenvolve em locais fora do útero, como intestino, bexiga e diafragma. Este problema afeta cerca de uma em cada dez mulheres brasileiras em idade fértil. A dor é o sintoma mais comum, mas a endometriose pode ser silenciosa, sem sintomas visíveis.
Um desafio enfrentado pelas mulheres é o diagnóstico tardio, que em média leva de oito a dez anos para ser identificado. Essa demora não é exclusiva do Brasil, sendo um problema global. Centros especializados em endometriose são cruciais para a detecção precoce e tratamento adequado.
As causas da endometriose ainda não estão totalmente claras, mas fatores como menstruação retrógrada, crescimento de células embrionárias fora do útero e falhas no sistema imunológico são suspeitas. Cirurgias prévias, como histerectomia ou cesariana, também podem contribuir para o desenvolvimento da condição.
A prevenção é desafiadora, mas a idade da primeira gravidez e o número de gestações podem influenciar. Gravidez e amamentação podem regular os níveis hormonais, retardando a progressão da endometriose.
Reconhecida como a “doença da mulher moderna”, a endometriose é um problema de saúde pública que exige atenção especializada. O diagnóstico precoce e tratamento adequado melhoram a qualidade de vida. O tratamento deve ser personalizado, considerando a dor e a intenção de engravidar. A endometriose pode desaparecer naturalmente após a menopausa, e os tratamentos incluem abordagens clínicas e cirúrgicas, cada uma com vantagens e desvantagens. A escolha deve ser personalizada, garantindo eficácia e qualidade de vida.
